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||Parceria Brasil-Alemanha impulsiona indústria 4.0

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Para desenvolver tecnologia de ponta, instituto alemão de pesquisa presta consultoria a 25 centros de inovação do Senai. Combinação de conhecimento brasileiro com experiência estrangeira em gestão já rendeu frutos.


Um robô a 300 metros de profundidade no mar, com sensores captando imagens de alta resolução em 360 graus que podem ajudar na exploração de petróleo e gás em águas profundas. A cena parece ter saído de algum filme de ficção científica, mas é apenas uma amostra do que o Flatfish, veículo autônomo submarino desenvolvido com tecnologia brasileira, pode fazer.

Pensado e fabricado na Bahia, o robô-peixe é cria de um projeto do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) CIMATEC em parceria com o DFKI (Instituto Alemão de Robótica e Inteligência Artificial) e a empresa Shell, que totalizou R$ 30 milhões em investimentos para colocar o veículo autônomo no fundo do mar.

Outras parcerias com alemães têm acelerado a entrada de empresas brasileiras na indústria 4.0. O maior é o que incentivou a organização de 25 centros de inovações do Senai em 12 estados brasileiros. Com cerca de R$3 bilhões em financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os centros são locais que aliam conhecimento e empresas para desenvolver novos produtos. O modelo é bem conhecido na Alemanha, principalmente do Instituto Fraunhofer, que participa desde o início do projeto, em 2013, prestando consultoria.

A combinação entre gestão alemã e conhecimento brasileiro deu tão certo que gerou frutos permanentes no Brasil, aponta o professor do Instituto Tecnológico da Aeronáutico (ITA), Jefferson Oliveira Gomes.

Desde março deste ano, o ITA, sediado em São José dos Campos (SP), conta com um centro de projetos permanente do Fraunhofer, um dos três que a instituição alemã tem no Brasil. Gomes dirige o centro, cujo foco são pesquisas de soluções para indústria 4.0.

O professor, que também é diretor do Senai em Joinville, trabalhou para o instituto alemão na década de 1990 e fala sobre o que o Brasil tem a ganhar com a parceria.

"O Brasil sempre teve bons pesquisadores, mas ainda peca em organização e gestão de conhecimento. Então, a consultoria do Fraunhofer veio com essa expertise dos alemães na concepção e planejamento dos centros de inovação. Sempre tivemos bons jogadores, agora sabemos como organizá-los no gramado”, afirma.

Quando você investe em pesquisa e inovação, não é certo que no final vai ter algo. Não é um produto que você compra e busca. Justamente por isso é preciso ser muito bom em gestão e organização. Essa parceria é importante para sabermos como lidar com fornecedores, pesquisadores e clientes", acrescenta.

Segundo Gomes, o plano inicial era que a parceria entre o Senai e o Fraunhofer durasse sete anos, até 2020. "Deu tão certo que todos querem continuar", diz

O Fraunhofer é a maior organização de pesquisas aplicada da Europa, com 72 institutos na Alemanha. No Brasil, a entidade está presente desde 2012, quando foi aberto um escritório em São Paulo.

Esta notícia de Parceria Brasil-Alemanha impulsiona indústria 4.0 foi produzida por Hyury Potter.

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